Maurício Tizumba é o Homenageado do 2º Cine Lapinhô

Mauricio Tizumba - Prêmio Shell de Melhor Ator

Maurício Tizumba, ícone da cultura popular mineira, será o homenageado do 2º Cine Lapinhô, que acontecerá em Lapinha da Serra. Multi-artista e empreendedor cultural, Tizumba é conhecido por sua atuação como instrumentista, cantor, compositor, ator e por incorporar o congado mineiro em suas obras, resgatando a arte afro-brasileira. Ele é um dos fundadores da Cia. de Teatro Burlantins e do grupo de percussão Tambor Mineiro, sendo amplamente reconhecido como um dos artistas mais populares de Minas Gerais.

A homenagem a Maurício Tizumba está marcada para o dia 16 de agosto, sexta-feira, e contará com a presença do artista e a exibição do filme “Pequenas histórias” do cineasta mineiro Helvécio Ratton, onde Tizumba interpreta Tibúrcio, um pescador que se casa com Iara, a mãe d’água.

Mauricio Tizumba, Patrícia Pillar

A trajetória de Tizumba começou na década de 60, deixando uma marca profunda na cultura afro-brasileira. Em 2024, ele foi premiado com o Prêmio Shell de Melhor Ator pelo espetáculo “Viva o Povo Brasileiro”, e em 2022, foi reconhecido como Doutor por Notório Saber pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Além de seu trabalho artístico, Tizumba é um defensor da democratização cultural, levando a arte às ruas e comunidades e promovendo a cultura negra. Com um talento inquestionável e dedicação à sua arte, ele continua a inspirar e impactar gerações.

Por volta do ano de 2002, a presença de Tizumba se destacou também no cinema. Em seus 51 anos de carreira, ele participou de dezoito filmes, entre curtas e longas-metragens, incluindo “Narradores de Javé” (2001), “Samba Canção” (2001), “Uma onda no ar” (2002), “O casamento de Iara” (2004), “Vinho de rosas” (2005), “Amor perfeito” (2005), “O ronco da barriga” (2005), “Que coso” (2005), “Batismo de sangue” (2006), “Eu sou assim – Wilson Batista” (2007), “Pequenas histórias” (2007), “Confissões de Olavo” (2008), “Os filmes que não fiz” (2008), “O filme mais violento do mundo” (2009), “Heleno” (2011), “A Rôpa” (2012), “Brasil: DNA África” (2016), e “Do outro lado de lá” (2017).

Residente em Belo Horizonte, mas também faz parte do cotidiano de Lapinha da Serra, onde tem casa e passa suas horas de lazer, criando um vínculo forte com a comunidade. 

Sua homenagem no Cine Lapinhô não é apenas pelo seu trabalho no cinema, mas também pelo impacto cultural que exerce em Minas Gerais, promovendo e preservando as tradições culturais, especialmente o congado mineiro.

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